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Mil Razões...

O quotidiano e a nossa saúde emocional e mental.

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11
Dez15

Viver o que há para viver (Medo – 12)

Publicado por Mil Razões...

SentieroNellaNeve-AnyBay.jpg

 Foto: Sentiero Nella Neve – Any Bay

 

Hoje o tempo voa, amor

Escorre pelas mãos

Mesmo sem se sentir

 

Não há tempo que volte, amor

Vamos viver tudo o que há pra viver

Vamos nos permitir

 

Tempos Modernos; Lulu Santos

 

 

Ter medo é algo normal e inerente a qualquer ser humano. É um mecanismo de aprendizagem e muito importante, para assegurar a nossa sobrevivência em situações de risco.

Quando crianças, experimentamos o medo do desconhecido e, aos poucos, vamos desvendando as cortinas que cobrem nossos olhos e deixando para trás o medo do escuro, o medo de ficar só, o medo de alguém que nos olha de soslaio, o medo de experimentar...

No entanto, crescer não nos faz deixar de sentir medo. A vida moderna, cada vez mais atribulada, os desafios que temos que vencer diariamente, a violência das grandes cidades, tudo isso nos faz sentir medo e muito.

Mas talvez o medo mais difícil de vencer seja aquele que perturba o nosso juízo todos os dias: o medo de falhar, de não conseguir estar à altura, de não corresponder as expectativas. O medo que habita a nossa mente.

 

A maioria das pessoas sente vergonha em externar suas inquietações e acaba por conviver com esses temores sem se dar conta do quão exaustivo é viver dessa forma. O medo é um sentimento sorrateiro que vai se instalando e crescendo e quando percebemos nos tornamos prisioneiros de nós mesmos. Aos poucos vamos deixando para trás nossos sonhos e desejos e abandonando nossas vidas, por medo. Quantas vezes desistimos de alcançar um objetivo por medo de fracassar? Tentar um novo trabalho, mudar de país, voltar a estudar...

E por nem tentarmos, deixamos a vida passar em paralelo. Muitas vezes julgamos as pessoas que se atiram à vida como privilegiados. Por arriscarem e (às vezes) conseguirem realizar o que nos julgamos incapazes. Mas não podemos esquecer que para ter êxito é preciso arriscar e será que estaríamos dispostos a enfrentar esses mesmos riscos? Certamente essas pessoas também sentem medo, mas fazem para que ele não as paralise.

Não é preciso deixar de ter medo para seguir em frente. Não vamos deixar de sentir medo, nunca. Sentir medo é inerente a experiência de estar vivo. No entanto é preciso ser vigilante e não permitir que seja ele o único a guiar as nossas vidas.

 

Leticia Silva

 

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