Vencer na vida (Humildade - 4)
Foto: Folk - Engin Akyurt
Pouco exigiu da vida, mas esta sempre exigiu muito dele. Por isso, o Sr. Felício (era esse o seu nome) teve de lutar, lutar muito, para fazer pela vida e para se afirmar. E afirmou-se como um respeitável comerciante, na cidade do Porto. Fê-lo, porém, sempre com humildade, com essa nobre e sublime virtude que reúne em si tantas outras virtudes, ou seja, com tolerância, gentileza, respeito e gratidão. Dir-se-ia que o Sr. Felício fez jus ao seu nome, para ser tão bem-sucedido a nível social e no âmbito da sua atividade profissional.
Na sua forma de estar na vida não havia lugar para a prepotência, arrogância, ingratidão ou soberba. Soube ler o conhecido pensamento de Confúcio, o qual sabiamente afirmou que: “a humildade é a única base sólida de todas as virtudes”. Segundo aquele Filósofo, tal atributo é a espinha dorsal do caráter de um Homem, porque todas as outras qualidades dependem dela.
Ao invés do que muita gente pensa, a prática da humildade nem sempre é fácil, é muitas vezes difícil praticá-la sem que a mesma implique alguma sujeição e sacrifício.
Muito cedo, porém, o Sr. Felício soube adotar uma filosofia que não se identificava com a figura de “coitadinho”, mas antes procurando valorizar sempre a modéstia e a simplicidade, duas caraterísticas poderosas do ser humano, que considerou indispensáveis para vencer os desafios da sua vida.
Os seus êxitos só assim foram possíveis de concretizar porque esteve sempre lado a lado com a humildade, reconhecendo as suas fraquezas e limitações, admitindo seus erros e, deles pedindo perdão, quando achou necessário.
José Azevedo