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Mil Razões...

O quotidiano e a nossa saúde emocional e mental.

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24
Jul09

Defeitos e Virtudes (Sentimentos e Emoções – 5)

Publicado por Mil Razões...

 

 
Tendemos a interiorizar a ideia de que o ser humano é intrinsecamente bom, depositário à nascença de todas as virtudes e originalmente isento de defeitos. Sentimentos menos nobres decorreriam apenas de assimilações culturais, ou seriam socialmente adquiridos.
Essa idealização revela-se incompleta quando confrontada com a realidade, dificulta a compreensão e elevação dos comportamentos humanos e desresponsabiliza-nos perante os nossos actos.
 
A observação das outras espécies revela-nos comportamentos que consideramos nobres, acompanhados de outros que classificamos como indignos. Manifestações, entre outras, de avidez, de cobiça e de inveja, surgem lado a lado com gestos altruístas ou de abnegação. Uma observação mais atenta, permite-nos concluir que todos os comportamentos, altruístas ou egoístas, dos seres que rodeiam os humanos, se submetem a uma “lógica” egoísta de sobrevivência e perpetuação da espécie, suscitando-nos, por extrapolação, a formulação de questões angustiantes sobre o nosso próprio devir.
Tornar-nos-íamos então pessimistas absolutos e conformados, se não reparássemos que nos distinguimos das outras espécies pela capacidade que adquirimos de, criando abstracções, prever as consequências dos nossos actos, escolher um entre vários caminhos possíveis e contrariar os nossos genes.
 
Só lutando para que os sentimentos mais nobres prevaleçam e se afirmem por escolha própria, e não por efeito de qualquer determinismo, os poderemos considerar como verdadeiramente nobres. Só assim nos poderemos assumir como seres integralmente livres e superiores. E só assim seremos capazes de compreender e apoiar aqueles que, decorrente de qualquer incapacidade, estejam impedidos de influenciar o seu futuro.
 
José Quelhas Lima
 

6 Comentários

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    Augusto Küttner de Magalhães 25.07.2009

    Mas de qualquer forma há sempre uma marca genética, que se recebe dos pais, e evidentemente o ADN é diferente, como muitas outras situações, mas no inimo 33% é genético, o rsto, não será!
  • Conhece as leis de Mendel?
  • Sem imagem de perfil

    Augusto Küttner de Magalhães 25.07.2009

    Não! devia?
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    Marcolino 25.07.2009

    Sim!
  • Sem imagem de perfil

    Augusto Küttner de Magalhães 25.07.2009

    De qualquer forma conheço bastante do trabalho de Descartes, de António Damásio, de João Lobo Antunes, e de outros e a ideia prevalecente é que geneticamente herdamos muito, para o bem e para o mal, dos nossos pais.

    Claro que não somos iguais até são "eles" dois individuos, diferentes, mas não vimos puros para o bem e depois aqui estragamo-nos ou não. Já temos marcas nna nossa personalidade, ns nossas feições, em nós! Mas como é evidente 66% do que nos molda é aqui feito, e dá para escangalhar se formos criados sem contacto com outros sers humanos, ou se lidarmos com pessoas de mau caracter ou se nem educarmos formos...
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