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Mil Razões...

O quotidiano e a nossa saúde emocional e mental.

O quotidiano e a nossa saúde emocional e mental.

07
Jan14

Até dá jeito (Intervalo… - 3)

Publicado por Mil Razões...

 

A vida dela está num intervalo. Ela não o desejou, mas teve que o aceitar, tal como se aceita a publicidade que surge a meio do filme empolgante que estamos a ver.

 

E todos à sua volta a felicitam, afirmando que ela foi bafejada pela sorte!

Ela tenta convencer-se disso. De que estar em casa a tempo inteiro, dedicada ao casamento, aos filhos, à comunidade, aporta inúmeros benefícios para todos. Para todos…

E as percentagens (vomitadas) divulgadas com frequência pelos media garantem que esta mulher não está a viver sozinha esta pausa.

 

Pois, até dá jeito, esta porcaria de intervalo. Mas, como quando se está a ver um filme, e o intervalo desconcertante aparece, mas aproveita-se para ir à casa de banho, para fazer um chazinho ou ligar o botão da máquina da loiça, a dada altura, o intervalo termina, e voltamos a mergulhar no filme desejado.

 

E que forte é o seu desejo, o de voltar a mergulhar nesse filme! E que medo sente, de cada vez que vislumbra a possibilidade de ver terminada essa pausa! Medo de fracassar, medo das dificuldades que terá de acarretar sozinha.

Poderá toda essa insegurança estar, como uma força oculta do Universo, a influenciar o rumo das coisas? Se estiver, então a culpa é sua. Tantas oportunidades perdidas!

 

E enquanto dura o intervalo, a vida avança. E ela vai ficando para trás. Para baixo. Para dentro. Isto, nalguns dias.

Noutros, porém, a agenda cheia de mil e um afazeres – alguns automáticos, estupidificantes; outros enriquecedores e felizes – adormece o espírito criando a ilusão de que até dá jeito, esta porcaria de intervalo.

 

Sandrapep


05
Jan14

O intervalo é nosso tempo (Intervalo… - 2)

Publicado por Mil Razões...

 

Todos os dias sabemos bem o que é um intervalo. Ele existe no trabalho de todos, o intervalo para comer, beber um café ou fumar. E quem não sabe da importância disso? Mesmo que em alguns trabalhos esses intervalos sejam coisa de minutos, eles têm o poder de refrescar um pouco a mente e relaxar o corpo. Pessoas que trabalham direto sem intervalos, mostram uma produtividade abaixo de quem faz algumas pausas durante seu dia.

É interessante saber que todos nós sentimos os efeitos positivos de um intervalo, mas nem por isso aplicamos eles a nossa vida pessoal. Não conheço ninguém que no meio de uma discussão peça um tempo para refletir, um intervalo. Antes de dizer coisas que não são inteligentes não pedimos nenhum intervalo, vamos logo falando, como se as emoções tivessem que sair naquele momento.

Intervalos são necessários em tudo, a mente precisa mudar o foco e descansar por um tempo para manter a perspectiva, pena mesmo que não aplicamos essa teoria a nossa vida, apesar de conhecer seus benefícios.

Sair para caminhar, dar uma volta, sempre ajuda a manter as ideias claras e muitas vezes nos mostra como é importante de afastar de uma situação para poder resolvê-la.

Outro benefício dos intervalos é o tempo para nós, vivemos cheios dos outros e do mundo que não para de rodar, difícil pensar com tantas coisas acontecendo ao nosso redor, por isso intervalos são como uma brisa em um dia quente, nos trazem de volta ao ponto inicial e o mais importante nos colocam novamente no lugar onde o que interessa é o que pensamos, estamos ali de novo no nosso centro, sozinhos, escutando nossos pensamentos.

Talvez quem inventou os intervalos tenha pensado nisso, que um dia o mundo seria tão cheio de barulho que precisaríamos de um tempo longe de tudo para poder escutar nossos pensamentos. Intervalos são mais do que intervalos, são o nosso tempo, o único que temos neste mundo maluco.

 

Iara De Dupont


03
Jan14

Alguns minutos (Intervalo… - 1)

Publicado por Mil Razões...

 

Este tema veio mesmo em altura certa! Porquê? Porque ao receber a proposta de escrever um pequeno artigo sobre “Intervalo…”, recebo também um convite para fazer esse intervalo, que deveria ser feito sem ser preciso convite.

Estamos demasiado ocupados em ser marido ou mulher, mãe ou filha, irmã ou tia. Em ser empregado ou patrão, ou simplesmente em ser alguém que ocupa o dia de alguma forma, de preferência, lucrativa. E tempo para sermos nós mesmos, indivíduos solitários que têm o seu EU que também precisa de ser alimentado?

A maioria das pessoas afirma que precisa e só se sente bem quando está com a família, com amigos, com a equipa de trabalho ou grupo cultural ou desportivo, esquecendo-se que antes de existir em grupo existe sozinho.

Este intervalo fez-me ter uma semana mais rentável. Como? No dia em que o tema me foi proposto, passou um senhor de carro por mim que me perguntou como se vai para o Furadouro, uma das praias desta zona. À medida que lhe ia indicando o caminho, ia traçando o mesmo na minha mente e o destino final foi a bela praia, uma cómoda esplanada à beira mar e eu a apanhar sol bebendo um simples chá ou cappuccino. Depois de lhe dar as indicações e ele ter seguido o seu caminho, perguntei a mim mesma “Porque não?”, e fui até à esplanada para aproveitar com qualidade o tempo de almoço.

Comecei a escrever este artigo e dei por mim a pensar que deveria fazer esta escapadinha mais vezes. Não como uma rotina, mas em momentos em que tivesse a sensação de estar cansada do que quer que seja, ou até mesmo, antes dessa sensação.

Um simples intervalo de 45 minutos numa semana fez com que eu pensasse em mim, no mar a bater nas rochas ou em nada. Ganhei mais espaço mental, pois de alguma forma este não pensar em nada fez com que limpasse a mente do que tem menos importância.

Com este novo espaço disponível, assuntos diários que pareciam problemáticos, deixaram de o ser ou se continuaram a sê-lo, não levaram a nenhum drama com peso significativo no meu dia.

Parar para rir sozinha, cantarolar uma música, abanar o corpo com qualquer melodia, são pequenos intervalos que agora tento fazer com mais frequência apenas porque me sinto mais saudável e pronta para desempenhar todos os papéis que tenho e gosto de ser diariamente.

 

Sónia Abrantes


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